segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Despedida de solteiro do amigo Giba Vargas


Foi na década de setenta do Século 20, mas lamentavelmente não lembro a data e nem o local da despedida de solteiro que os amigos prepararam para o camarada Carlos Gilberto Fernandes de Vargas, o Giba ou o Varguinhas, como era conhecido e chamado. Por outro, vale o registro que traz à lembrança de muitos amigos daquela época como mostra a foto.

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terça-feira, 21 de agosto de 2012

XICO JÚNIOR - HISTÓRIA DE UM REPÓRTER

Este vídeo mostra a trajetória de um repórter que, mesmo não estando na chamada grande mídia, se mostrou um profissional competente e pautando seu profissionalismo com ética e a "verdade factual", realizando, assim, entrevistas exclusivas com grandes nomes do meio artístico nacional e internacional e, da mesma forma, com craques e expoentes do futebol de renome mundial. A exclusividade, já que o jornalista Xico Júnior jamais aceitou participar de entrevistas coletivas, se torna de um valor e de uma importância especial exatamente por buscar sempre a informação com exclusividade.

Fato que muito o orgulha, por isso a dedicação, a produção e formatação desse vídeo realizado pela professora por Sandra Lopes como uma homenagem ao profissional do jornalismo, pois pouquíssimos são os profissionais que atuaram em veículos de comunicação de alcance regional conseguiram.

Hoje Xico Júnior, que atua no jornalismo há 46 anos, tendo iniciado numa sexta-feira 13 de agosto de 1966, tornou-se, paralelamente, um escritor com sete livros já publicados, que, garimpando por velhuscos baús, busca resgatar a história, bem como fatos de repercussão nacional e internacional como foi o "brutal e covarde assassinato" do jovem Celso Gilberto Oliveira pelos carrascos da "ditadura fardada", que durou 21 anos ininterruptos, ou seja de 31/03/1964 até 1985.

E é com o objetivo de preservar os fatos e a história que ele mergulha nos mais imagináveis rebuscados. E justifica dizendo: "Não podemos olhar para o futuro sem a consciência do passado". Fica, portanto, "óbvio ululante", como diria o cronista e dramaturgo Nélson Rodrigues, que ele não está sustentando esses "rebus" (de rebuscados) por pura vaidade, mas por transcender o momento, posto que tal encerra, fundamentalmente, a própría história nos seus mais variados temas e ações.

Assim é "XICO JÚNIOR - HISTÓRIA DE UM REPÓRTER", com 3 (três) vídeos e muitas fotos de artistas, cantores e personalidades nacionais e internacionais.

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sábado, 8 de outubro de 2011

Três momentos, três comemorações

A agitação social em Canoas nos anos diamantinos e setentinos acontecia desde uma festa de quinze anos, aos encontros em bares ou clubes sociais e para um "comes e bebes" - e se bebemorava às deveras - por motivos diversos, como após a disputa de uma partida de futebol de campo ou de um jogo de futebol de salão, o que estava muito em voga à época.

Assim, postamos três registros de três comemorações.
Algum encontro com um bom pretexto para comemoração. Na foto: Carlinhos Costa (Zefa), o saudoso Célio Soares, Mariozinho Costa, radialista Altair Colussi, João Alberto Wütrock e o Turco.
O saudoso amigo Quarenta, pai do também amigo Guto, com Carlinhos Costa (Zefa): no panelão, com certeza, a bóia para a comemoração.
A festa comemorativa dos 15 anos da jovem Vera Vieira, filha do saudoso Bastião, cujo tinha uma banca jornais e revistas na Rua Victor Barreto, propositadamente em frente à parada de ônibus para quem ia do centro de Canoas para as vilas (hoje bairros) Fátima, Rio Branco e Niterói. Na foto, nome completo, James Oliveira.
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CANOAS: Alquimias e lembranças dos anos diamantinos

A alquimia, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, preocupava-se com os segredos do passado, além de preservar um suposto conhecimento antigo. Alquimizar, portanto, é como se o elixir da longa vida, um remédio que curaria todas as coisas e daria longevidade àqueles que o ingerissem. A idéia da transformação de metais em ouro, por exemplo, acredita-se estar diretamente ligada a uma metáfora de mudança de consciência, um oposto de "metamorfose ambulante" como cantou o super roqueiro Raul Seixas. A pedra, assim, seria a mente "ignorante" que é transformada em "ouro", ou seja, "sabedoria".

É assim que, de certa forma, procuro trazer à tona a lembrança de um tempo dourado e que jamais será esquecido. Um tempo que marcou uma geração, cuja criatividade rompeu barreiras, tabus e preconceitos, enquanto a sua coragem derrubou estigmas quase seculares. E um dos mais marcantes exemplos foi o movimento denominado de "Woodstock", nos Estados Unidos, no ano de 1969 e o "Cio da Terra" ou "Woodstock Gaúcho", promovido nos Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul/RS, nos dias 29, 30, 31 de outubro de 1982, com a participação de 15 mil jovens, enquanto no restante do Brasil vivíamos soba égide do movimento chamado de "Jovem Guarda", seguido pelo "tropicalismo". Ambos não resultaram em nada em termos de revolução social ou renovação de atitudes, a não ser em certos comportamentos como a maneira de vestir, de dançar, do corte de cabelos, mas movimentos com certa dose de alienação que se tornaram marcas indeléveis na nossa vida de adolescentes desde os anos dourados, passando pelos diamantinos até os setentinos.

Assim, levo até vocês registros fotográficos de um grupo de amigos que marcaram essas três décadas em Canoas, porém, é preciso ressaltar que em absoluto os registros têm a haver com o movimento iniciado a partir da UEE - União Estadual de Estudantes. Foi apenas e tão somente um registro histórico para rememorar o quão indignada era a juventude daquelas décadas.

E vamos aos registros dos jovens canoenses:
Na inauguração do escritório de engenharia dos Vargas: Cláudio Odir Fagundes de Vargas e Carlos Gilberto Fernandes de Vargas, vendo-se na foto: Neco, Cláudio Odir Fagundes de Vargas, Carlos Gilberto Fernandes de Vargas (Giba), Naldo, Manoel, João Nienov, Ricardo, Carlinhos Costa (Zefa) e Zequinha Soares.
A comemoração teve a presença do cronista social Francisco Antonio Pagot (Xio Júnior), Ricardo, Manoel, Naldo. E sentados: Carlinhos Costa (Zefa), Zequinha Soares, Carlos Gilberto Fernandes de Vargas (Giba), José Antônio Scarantto e João Nienov. 
Carlinhos Costa (Zefa) dando o show, Francisco Antonio Pagot (Xico Júnior - encoberto), Zequinha Soares, Carlos Gilberto Vargas (Giba) e José Antonio Scarantto.
Carlinhos (Zefa) Costa cantando na inauguração do Escritório de Engenharia criado por Carlos Gilberto Fernandes de Vargas (o Giba) e o Cláudio Vargas, então na rua XV de Janeiro, próximo ao hoje Via Porcello Shopping. Na foto, além do Carlinhos, em primeiro plano, vê-se: Beretta, Francisco Antonio Pagot (Xio Júnior), Zequinha e Giba Vargas.
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terça-feira, 10 de maio de 2011

Guindani foi um prefeito prato cheio prá imprensa ...

Pois, dos tantos prefeitos, ou melhor interventores, nomeados pelos ditadores no período dos 21 anos da "ditadura fardada", quando Canoas foi extemporaneamente qualificada de "Área de Segurança Nacional" (daí ter seus interventores nomeados pelo Governador, também um interventor, e com o benepláscito do Presidente da República, outro interventor), Osvaldo Cipriano Guindani foi um prato cheio prá imprensa. Tudo devido a sua empáfia, prepotência e gana de aparecer. Estava sempre atento para onde apontavam os holofotes (pode-se entender por máquinas fotográficas). Aí se postava em pose de perfilado e aguardava que apontassem as máquinas e disparasse os flashes em sua direção.

Dele lembro de muitas peripécias. Mas a que mais me deixou satisfeito, foi uma saída que tivemos juntos. No final da tarde de um dia de um ano que não lembro de memória, quando estávamos saboreando um churrasco e curtindo a festa no salão social da extinta Caixa Econômica Estadual, então localizada na Rua 15 de Janeiro, onde hoje resta uma filial do Banrisul, Guindani, que detestava que o chamasem de Guindani ou de Osvaldo, pois, dado a sua empáfia e soberba, queria que o tratassem de Doutor Osvaldo ou Prefeito Guindani, me convidou para acompanhá-lo ao Baile de Escolha da Mais Bela Mulata de Canoas, que se realizava na Sociedade Cultural e Beneficente Castro Alves, então freqüentada somente por negros.

Primeiramente passamos na sua casa onde deixaria o filho que dormia no banco traseiro do seu carro. Enquanto acomodava o filho na cama e punha o traje com gravata, e inquerido pela sua esposa, Rose Mari Broch Guindani onde iríamos, respondi que passaríamos na Soeciedade Castro Alves e depois iríamos ao aniversário do França Jacobi, cuja festa aconteceria no apartamento do meu amigo e figurinista Dyrson Cattani (autor de belas e concorrida fantasias, mácaras e aderaços para Carnaval), então morando na Av. Ipendendência, em Porto Alegre. E, com tom de maldade, disse que iria à festa do França só porque o Prefeito ia junto.
- Por quê?, perguntou-me Rose.
- Como o Cattani é homossexual eu imagino como deverá ser as festas lá, respondi, já ironizando, pois bem que conhecia o Cattani e já havia participado de duas ou três festas em seu apartamento sem que absolutamente nada demais ou de anormal acontecesse. Pelo contrário, Cattani foi sempre um elegante, educado e requintado anfitrião.
- Ah! Então o Osvaldo não vai, assegurou Rose, que estava com um pé machucado e não podia calçar sapatos, ao que respondi:
- Ele é o Prefeito, tenho certeza que ele indo vão respeitá-lo e não vai acontecer nada de anormal.

Nesse meio tempo o Osvaldo, já devidamente aplumado de terno azul marinho e gravata, entra na sala. E de sopetão diz Rose:
- Osvaldo tu não vai sozinho, eu vou junto.
- Mas tu não pode calçar os sapatos, como é que tu vais?, retrucou Osvaldo.
- Não! O Xico me disse que só vai à festa do Cattani porque tu vai também, porque ele me disse ... Aí eu a interrompi.
- Eu não afirmei, apenas disse que imaginava que pudesse acontecer certas coisas, mas com a presença do Prefeito eu tinha a certeza de que nada do que eu imaginava pudesse acontecer. Sempre procurando ironizar. Aquele dia foi, prá mim, uma espécie de "vendetta".

Chegamos na Sociedade Castro Alves e não havendo mais lugar para estacionar o carro, já que o único lugar que havia impedia que os demais pudessem sair. Aí chegou um Negão (não sabia e nem nunca sube o nome do cidadão de cor preta), já bastante entornado, e com vez grave de um quase rouca, lascou:
- "Aqui não pode estacionar!". O Prefeito tentou argumentar, mas não houve cristo que o Negão concordasse. Aí eu disse:
- Osvaldo, deixa que eu contormo a situação. Saí do carro e fui até o Negão. E em voz baixa justifiquei:
- Negão! Esse aí é o Prefeito de Canoas, se tu não deixar ele colocar o carro aqui ele manda fechar o baile. E o Negão, concordando, respondeu com aquela voz grave e embargada de entornado:
- Então tá, mas a chave fica comigo.
O Osvaldo relutou desconfiado e com medo que o Negão roubasse alguma coisa ou o próprio carro. Aí novamente intervi:
- Esse Negão, Osvaldo, eu conheço há muito tempo. É gente fina, gente boa. Ele apenas tomou uns tragos a mais, mas é de total confiança. Assim, com o Osvaldo convencido, entramos no clube.

Tem seguimento ...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PERSONALIDADES QUE ME FIZERAM PERDER A ELEGÂNCIA E AS ESTRIBEIRAS

O ATOR GAÚCHO JOSÉ LEWGOY

Era uma das edições do Festival do Cinema de Gramado, ainda nos anos 80. E lá estava para cobrir o evento para o jornal em que trabalhava, o qual jamais se prontificou a custear qualquer despesa, nem mesmo a hospedagem em hotéis ou a gasolina de ida-e-volta à belíssima e aprazível Gramado. Mas eu, durante 22 edições do festival, me prontifiquei a fazer a cobertura para os meus leitores. Assim, com o apoio e o patrocínio de empresas locais, conseguia trazer informações exclusivas do que acontecia no evento, especialmente fatos ou feitos de bastidores, e muitas entrevistas sempre exclusivas. Jamais participei de coletivas, pois detestava aquele monte de jornalista fazendo perguntas idiotas e se revelando sem o menor preparo.

Assim, certo dia me encontrava no hall do Hotel Serra Azul, onde a maioria dos artistas convidados ficavam hospedados, a espreita de encontrar algum artista que fosse interessante entrevistar. De repente vi o ator gaúcho José Lewgoy, tio do delegado de polícia Alaor de Almeida Lewgoy, que se tornara meu amigo quando destacado para Canoas. Me dirigi até o ator Lewgoy, então tido como um dos grandes do cenário artístico, e procurei marcar um horário e dia para uma entrevista tranqüila e exclusiva. Ele se prontificou a concedê-la ali na mesma hora. Sentamos num grande sofá que era mais cômodo. Eu carregava, à época, um rádio gravador com fio longo para o microfone, que mais parecia uma mala, enquanto que a entrevista seria gravada numa fita cassete.

Antes é preciso detalhar um acontecido que eu presenciara junto ao balcão da recepção do Hotel. Cada apartamento era reservado para dois atores ou duas atrizes, mas José Lewgoy, por conta e risco, levou uma garota como companheira e se instalou no quarto, já que o outro ator que deveria ocupar a outra cama ainda não havia chegado. Mas naquele exato dia da entrevista eis que o outro ocupante do apartamento chegara. Devia ser uma sexta-feira e o festival encerrava no domingo. Lewgoy foi convidado a desocupar a outra cama e, assim, dividir o quarto com o outro ator convidado. E prá complicar ainda mais não havia apartamentos disponíveis no Hotel Serra Azul. Lewgoy, irritado, indignado dizia impropérios e garantia que não dividiria o apartamento sob a alegação de que estava acompanhado. A confusão se formou, enquanto isso o gerente do hotel tentava buscar outra alternativa para contornar a situação, mas, infelizmente, não houve como resolver dado todos os apartamentos estarem ocupados.

Nesse intermezzo Lewgoy se dispos a conceder-me a entrevista e assim nos acomodamos num grande sofá no hall do Hotel Serra Azul. Lá pelas tantas fôra chamado à recepção para dar uma solução aos problema que criara: ou seja, desocupar o outro leito do apartamento. Irritado e mostrando-se um perfeito ignaro por se achar um "big star" da televisão e do cinema nacional, antes de levantar-se do sofá onde concedia a entrevista, num inesperado ato impulsivo jogou o microfene e deu um safanão no gravador que estava sobre as minhas pernas, e que acabou caindo no chão. Achei que havia quebrado o gravador e, assim, estaria sem material para trabalhar até o final do festival. No mesmo momento, tomado de indignação, pois nada tinha a haver com a confusão que ele próprio tinha armado, retruquei polidamente com um sonoro:

- "Velho, fdp, vai a pqp". Foi o suficiente para que muita gente que se encontrava no hall do hotel se voltassem para nós, enquanto eu catava o microfone e o gravador do chão.

Cerca de 50 minutos ou uma hora depois, José Lewgoy cruza por mim, bate no meu ombro e diz:

- "Vamos continuar a entrevista?". Ao que, educadamente, respondi:

- "Agora não me interessa mais velho fdp e mal educado".

A cena foi testemunhada por Paulo Rogério Glaesler (meu ex-vizinho da Rua Frederico Guilherme Ludwig) e Cristina Würth, casualmente ambos meus conhecidos e amigos de Canoas, conforme mostra a foto.

Fim da cena ... Desce o pano!

O MINISTRO DA JUSTIÇA, PAULO BROSSARD DE SOUZA PINTO


Nunca fui de levar desaforo prá casa, partisse de quem partisse. E assim foi também com o então Ministro da Justiça, Paulo Brossard de Souza Pinto, quando o presidente da República era José Sarney e o prefeito de Canoas, Carlos Loreno Giacomazzi.

Canoas havia recém deixado de ser Área de Segurança Nacional e, assim, eleito Carlos Loreno Giacomazzi (PMDB) o primeiro prefeito pelo voto popular depois de 21 anos de arbítrio. Ou seja, da nefasta ditadura militar. O Município carecia de maior segurança. Diante disso, depois de tratado com o Ministério da Justiça, Canoas ganhou 15 Fuscas que faziam parte da campanha "Ruas em Paz", promovida pelo Governo Federal. A cerimônia de entrega das 15 viaturas foi celebrada na Praça da Emancipação, em frente à primeira sede própria do governo Municipal (atual sede do governo municipal) e, obviamente, com a presença do Ministro da Justiça, Paulo Brossard de Souza Pinto (PMDB).

Eu estava Assessor de Imprensa do prefeito Carlos Giacomazzi e fazia a cobertura sob o enfoque oficial. Durante a cerimônia, ainda na Praça da Emancipação, ensaiei uma entrevista exclusiva com o Ministro Brossard de Souza Pinto. Porém, como toda a comitiva oficial e autoridades estavam se dirigindo para o gabinete do Prefeito, tive que interromper a entrevita.

Mas no trajeto de uns 50 metros entre a Praça e a sede da Prefeitura, então na Rua Ipiranga, 123, vendo o Ministro Paulo Brossard à frente do pelotão e sozinho, me apressei em concluir a entrevista. Consultado, Paulo Brossard de Souza Pinto acenou concordando em complementar a entrevista. Assim, caminhamos lado a lado enquanto eu fazia as perguntas e o Ministro ia respondendo serenamente, até porque na condição de Assessor de Imprensa do Prefeito não poderia fazer perguntas que o colocasse numa situação embaraçosa. De repente, sem mais nem menos, numa atitude impulsiva, incompreendida e malfeita, eis que o Ministro com um tapa joga o pequeno gravador, que eu portava na mão, na calçada. Prá uma personalidade da estirpe dele e considerando o posto que ocupava, não fosse o pedantismo e má educação, jamais poderia ter feito o que fez, até porque nenhuma pergunta era indiscreta, uma armadilha ou embaraçosa. Resumindo, um ato gratuito que revelou ser o ex-Ministro da Justiça, afora a sua propalada inteligência, um grosseiro e provalecido. Mas se deu mal porque encontrou um jornalista que não considera o cargo, mas as atitudes de quem ocupa certos cargos, e levou o troco na mesma medida da sua tosca atitude.

Sem entender o motivo de tão deselegante, incoseqüente e injustificado gesto, agachei-me e apanhei o gravador e as pilhas que haviam saltado do aparelho. Ao me levantar, tomado de indignação diante de tamanha incivilidade, disse explicitamente e sem rodeios ao Ministro da Justiça Paulo Brossard de Souza Pinto:

- "Ministro, vai a pqp, porque o senhor é muito mal educado", e apressei o passo chegando à frente de todos à Prefeitura. Aguardava por alguma reação do Ministro, mais ainda quando já estávamos todos no gabinete do prefeito Carlos Giacomazzi. Qual nada, o Ministro não demonstrou qualquer reação, mesmo que eu esperasse uma reclamação ao Prefeito ou coisa que o valha ... Acredito que no intemezzo entre o local do ocorrido e a chegada ao gabinete do Prefeito, Paulo Brossard de Souza Pinto, tido como um político inteligente, astuto e até sensato, deve ter consultado a sua consciência e analisado o injustificado e grosseiro ato que praticara. E, quiçá, até impactado pela minha inesperada e surpreendente reação. Daí a não re-reação dele.

Para felicidade minha e do próprio Ministro da Justiça tudo acabou num silencioso "happy end".

* Para ampliar as fotos basta um clique sobre as mesmas.
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

44 Anos de Crônica Social, Charme, Beleza e História

Recebi, hoje, o seguinte e-mail de uma amiga e jornalista, que vai abaixo assinado:
"Amigo, a momentos na vida que devemos agradecer por ter o privilégio de ouvir, ver e poder falar. Este teu trabalho é o exemplo do que estou falando, é TUDIBOM, eu que muitas destas belezas não conheci podes ter certeza que vendo e ouvindo, chorei....com a música é fantástico.
Imaginas as personalidades nele incluídas.
Parabéns amigo, que Deus te ilumine teu caminho hoje e sempre, proporcionando saúde, paz e vontade de produzir trabalhos maravilhosos, como este.
Um forte e grande abraço, desta amiga que, com certeza, gostaria de conviver mais contigo.
És uma fonte de conhecimento e cultura, um bem para qualquer colega da profissão.
Um forte abraço e um ótimo final de semana. Desculpe esta amiga atordoada.
Atenciosamente,
Leci da Silva.

Também a modelo e vice-Miss Canoas 1979, Aline Renz enviou uma simpática mensagem, onde diz: "Adorei. Muito legal o teu trabalho. Gostei muito. Bah, um histórico e tanto da "muguegada" (mulherada) de Canoas".


Leci da Silva refere-se ao slideshow que produzi, devidamente sonorizado com músicas românticas da época, sobre as misses, rainhas, etc, de Canoas dos anos 60, 70 e 80, cujo título é "44 Anos de Crônica Social, Charme, Beleza e História". Para quem aparece no slideshow pode ser apenas uma bela lembrança, mas na realidade trata-se de um DOCUMENTO HISTÓRICO singular e exclusivo, produzido com o propósito de resguardar a memória social de um tempo realmente memorável e o mais ativo, paticipativo, mais charmoso, borbulhante e glamouroso de todo o período da vida social de Canoas: os anos 60, 70 e 80. Sem a menor ponta de dúvida, pois fui testemunha participativo e oculuar desses eventos durante 38 anos ininterruptos como cronista social, além de ter promovido belas, elegantes e concorridas festas, como a Festa dos Destaque, quando os homenageados recebiam como outorga o Troféu Imagem. Isto a partir de 1973.

No slideshow vê-se as garotas concorrentes produzidas com refinado bom gosto, inclusive em alguns concursos, até com luvas brancas. E talvez o mais importante a destacar, até mesmo pelo zelo e pela feminilidade das garotas, eram a beleza das meninas-moças. Todas devida e, segundo a etiqueta social, corretamente trajadas, o que realçava não apenas a beleza, mas a elegância, o charme e o glamour daquelas jovens e belíssimas meninas.

Os bailes de escolha, fosse da Miss Canoas, Rainha das Piscinas, Namorada de Canoas, Miss Objetiva, Rainha da Primavera, Rainha dos Estudantes de Canoas, Glamour-Girl de Canoas, exigiam trajes completo: eles - os rapazes e homens - de terno e gravata e sapatos devidamente polidos, enquanto as meninas e as mães se produziam com o que de melhor ditava a moda da época, esta quase sempre copiadas de revistas importadas da França e da Itália. Não havia costureira que não tivesse os últimos exemplares das revistas de moda feminina. E os baile eram sempre animados com excelentes e categorizados conjuntos, como o Show Musical Carevelle (este o melhor do Estado), Os Sayffers e Apache, além de outros de renome de Porto Alegre, como Norberto Baldauf e Seu Conjunto, Primo e Seu Conjunto, Santa Paula, entre tantos mais, quando não por orquestras de excelência musical, como a de Salvador Campanella, Orquestra do Cassino (de Santa Cruz do Sul) ou a Orquestra de Sevilla. Nos anos sessenta até mesmo a imortal "Pimentinha" Elis Regina participou como cronner de um dos bailes de escolha da Glamour-Girl de Canoas, no Clube do Comércio, então localizado na rua Araçá, em frente à Vifosa ou como se dizia à época, a "Fábrica de Vidro".

* Pedidos de exemplares via e-mail: la-stampa@ig.com.br
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